terça-feira, 19 de julho de 2011

Festa da Lagarta + LOOKBOOK.nu

Gente, no último sábado, dia 16 de julho, foi a festa de um ano d'A Lagarta!

Cupcakes Honey Cakes

Coisas de Alice
Foi uma coisa linda no Atelier Le Modiste, cheio de cupcakes, docinhos, picolés e bons drinks! Amanhã adiciono as fotos aqui, porque tá tarde e eu to com preguiça de fazer isso 1h da matina. A descrição dessa maravilha de quitutes vocês podem conferir melhor lá no blog d'A Lagarta! Tiveram canapés vegans, cupcakes da Honey Cakes, brigadeiros e docinhos de coco da Coisas de Alice, picolés da Diletto... engordo só de lembrar! 





E como estavam lindas as meninas da equipe d'A Lagarta! Além de ter sido ótimo conhecê-las - sim, como a revista é on-line, muitas de nós não nos conhecíamos! - ainda ganhamos maquiagem e penteado de diva! Obra das mãos mágicas da maquiadora Vivi Borlido e do cabeleireiro Kadu Costa. Sem contar os vestidos - presente das marcas Magenta Store e Atelier Valentinas. 

Carol (Lancelloti, idealizadora d'A Lagarta mag), Verônica, Samara, Aline, Tati, Bruna!

Mas daí que eu também ganhei nesta semana o convite pro LOOKBOOK.nu (tks, Lu!) e achei por bem que o look de estréia não podia ser mais especial que o que usei no dia da festa linda d'A Lagarta! Tá que eu to surtando e me acho a pior pessoa do mundo pra fazer pose. Minhas caras e bocas são esquisitas e não sei posicionar o corpo. Então aí vai a foto que a Carol Lancelloti fez milagre! 

Essa é a foto que entrou lá no LOOKBOOK.nu
Aproveitem e confiram minha página lá! http://lookbook.nu/cinthia

As fotos são da Carol Lancelloti! ;)

Beijos e amanhã edito melhor esta confusão! (Editado!)  ;)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Hoje eu me despi de mim mesma.

Talvez pela primeira vez em anos e sem ainda entender bem por quais motivos, libertei os leões trancafiados atrás do meu sorriso fácil. Não é nenhum mistério entender porque a gente deixa essas feras famintas, que a qualquer momento poderão nos devorar por dentro, adormecerem em nosso sono, descansarem em nossas entranhas. Porque se dizem que aquilo que os olhos não vêem o coração não sente, a lógica é que, se não verbalizamos, também não tomamos consciência. Deixamos a vida passar batido, escondendo as decepções, as tristezas, os problemas, as não-correspondências. Para quê remoer isso agora, se só vai causar dor? Bola para frente, não é assim? Bola para frente pode virar uma bola-de-neve se você não resolver o sentimento ali, na hora que bate à porta e que faz doer os ouvidos com a tal campainha estridente avisando que tem alguma coisa errada aí dentro de você.

Uma hora os leões acordam. E podem se levantar como você menos espera, num papo informal com um amigo querido, assistindo o noticiário na TV, lendo um livro, no trânsito, na montanha-russa, dançando lambada ou quando você resolve se expor em um blog de looks. No meu caso, foi a combinação de duas dessas situações aí em cima. Quando você se dá conta, pimba! Tudo que foi se acumulando dentro de você é posto para fora, jogado na sua cara. É quando você é posta a prova contra sua pior inimiga: você mesma. Você percebe que se boicotou quando suas lembranças, seus subterrâneos são jogados de volta à luz da memória. Aquelas peças perdidas ao longo da monotonia e da segurança do cotidiano reaparecem. O quebra-cabeça toma um sentido que você não queria ver. E não é a imagem que você carrega de si, ou que ousa tentar passar aos olhos alheios. Mas pode acontecer de uma íris estar atenta e enxergar aquilo que você não quer mostrar.

Hoje eu revisitei meus baús mais poeirentos, meus fatos e dissabores. Me dei conta que meu sistema de recompensa anda descompensado. Tem um bolso furado ali, que tem me feito perder moedas em um ciclo vicioso. Mas só quando eu me der conta desse rombo é que poderei costurá-lo de volta e acumular novamente meu pé-de-meia. Ninguém conserta o que pensa ainda estar intacto. Nada é só aparência. É preciso reconhecer a si mesmo, entender o que te constrói, o que te molda, o que te faz ser. É preciso se resolver. É preciso recuperar o orgulho, a felicidade de ser. Simplesmente.

Como canta uma banda pela qual tenho grande afeto, é preciso “ouvir com outros olhos”.

domingo, 8 de maio de 2011

Sou da mamãe

Nosso primeiro dia das mães - maio de 1989.
Uma homenagem cheia de amor e boas recordações pelos 22 anos comemorando o Dia das Mães com a melhor mãe do mundo.


segunda-feira, 11 de abril de 2011

"Minha filha quer óculos Chanel"

Matéria publicada  no dia 3 de abril no site do Estadão, com o título Fashion Kids reúne 'socialitezinhas'. O jornalista Paulo Sampaio, do Estado de São Paulo, conversou com três mães e uma tia de meninas - entre cinco e nove anos - às quais ele chamou de "elitizada platéia". O trecho seguinte é o que mais me chamou a atenção:

Estadão:Vocês acham que as meninas sabem discernir as grifes?
Todas: As infantis, sim.
Mãe A: A minha filha quer óculos Chanel, Prada. A gente gosta de coisa boa, eles aprendem.

Clique aqui  para ler a entrevista na íntegra. Por favor, reflitam.

Editorial polêmico de Tom Ford com crianças vestidas como adultas
para a Vogue Francesa (Reprodução)

(A dica da matéria foi da @alegarattoni, via twitter)

terça-feira, 5 de abril de 2011

E quem disse que beleza não põe mesa?

Gente bonita é mais feliz e bem sucedida que gente feia. Pelo menos, é o que afirmam os economistas Daniel Hamermesh e Abrevaya Jason, da Universidade do Texas em Austin, em um artigo publicado online pelo Instituto Alemão para o Estudo do Trabalho (IZA).

Segundo os pesquisadores, isso acontece, em muitos casos, porque pessoas bonitas ficam geralmente com os melhores empregos e se casam com pessoas de sucesso – assunto abordado Por Hamermesh em uma pesquisa anterior, que virou o livro ainda inédito “Beauty Pays: Why Attractive People are More Successful”. Esse efeito da beleza na noção de felicidade, segundo ele, se dá através do seu impacto nos resultados econômicos. E mais: isso vale para homens e mulheres de diferentes culturas, apesar de afetar mais a nós, mulheres.

Para o estudo, foram analisados os dados de cinco pesquisas sobre nível de felicidade, realizadas por cientistas sociais nos EUA, Canadá, Alemanha e Grã-Bretanha, das quais participaram mais de 25 mil pessoas. O entrevistador da atividade avaliava também o grau de "boniteza" do participante. As pessoas melhor avaliadas pela aparência (15%) são 10% mais felizes que as pessoas menos atraentes (10%), segundo a pesquisa.

Gisele wannabe.
O estudo sugere que os benefícios econômicos são responsáveis por pelo menos metade da felicidade adicional relatada por pessoas mais bonitas. A apresentação desses resultados vai de encontro a alguns líderes políticos e economistas, que defendem a medida da felicidade nacional com base na produtividade econômica de seu país. Os autores do estudo, no entanto, acreditam que isso não pode ser uma medida de valor.

Para os economistas, a pesquisa serve para mostrar que, “enquanto existem boas razões para evitar a comparação do produto interno bruto com o bem-estar subjetivo, essa discussão mostra a importância desse determinante essencialmente imutável de felicidade (a beleza), e sugere que o foco na criação de uma sociedade feliz pode não ser frutífero”.

Confesso que achei o texto da Futurity em que me baseei para este post meio confuso. Quem quiser ler o original, é só clicar aqui. Mas resolvi dividi-lo com vocês porque ele me fez refletir sobre o que é esse conceito de beleza. Todo mundo concorda que, apesar de termos sim um padrão de beleza, a noção de bonito ou feio é bem individual. Lembro que na época de Titanic, as meninas babavam pelo Leo di Caprio. Eu nunca fui muito fã dele, sempre preferi o Brad. Haha.

Procura-se sósia do Brad Pitt para envolvimento romântico (do Brad de 18 aos 35, ok?)

Bem, o que quero dizer é o seguinte: concordo com os pesquisadores, quando eles dizem que não dá para medir a felicidade apenas por índices econômicos, porque tem muito mais coisa por trás do conceito de felicidade de uma pessoa – a beleza, ou ser satisfeito com a própria aparência, por exemplo. Mas ao mesmo tempo, dizer que pessoas bonitas são mais felizes é forçar a barra. Ok, estar naturalmente incluída num grupo tão seleto deixaria muita gente feliz ( ou convencida). Mas na “vida real” também entram outros fatores, como o conceito de beleza intrínseco ao meio social, a noção de beleza individual, os gostos, a cultura, a auto-estima... 

Brad charmosão - mesmo com ruguinhas, barba desgrenhada e chapéu esquisito.

Sem contar que sempre vai ter quem defenda que a questão é outra: não existe gente feia...Mas existe gente sem botox, rinoplastia, lipoescultura, silicone, megahair, maquiagem, photoshop...

Releitura da personagem Bela por Dina Goldstein
Para a fotógrafa, Bela estaria assim aos 50 anos.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Insones, otimistas e...perigosos?

Sua mãe tinha razão quando colocava você para dormir cedo. Um estudo da Universidade de Berkeley aponta que a privação do sono impulsiona o circuito de prazer do cérebro, deixando os insones mais otimistas – mas também mais propensos a tomarem atitudes arriscadas. O que, convenhamos, justifica a falta de critério de muita gente no fim da balada. 

Motivo de insônia bem justificável e cheia de critério
O estudo foi publicado no Journal of Neuroscience, destacando a necessidade de profissionais que precisam tomar decisões de alto risco, desde médicos a pilotos de avião, tenham sono satisfatório. É como diz o principal autor do estudo, Matthew Walker: “Eu estaria preocupado se um médico de emergência, que esteve de plantão durante 20 horas seguidas, tomasse decisões racionais sobre a minha saúde”. Eu também, doutor.

Quem bocejou grita UAAAAHH.
Uma pesquisa anterior apontou que, em pessoas com transtorno do humor, duas das principais fases do sono durante a noite sofrem interrupções – as fases de movimento rápido dos olhos (REM), quando acontecem os sonhos, e de movimentos oculares não-rápidos (NREM), quando músculos e cérebro descansam. No entanto, várias dessas pessoas apresentavam comportamento otimista depois de uma noite mal dormida. Curiosos em saber o motivo, pesquisadores analisaram, através de ressonância magnética, o cérebro de 27 jovens adultos.

Os voluntários foram divididos em 2 grupos: metade teve uma boa noite de sono; os outros, passaram a noite acordados. Depois, foram apresentadas aos participantes uma série de imagens, incluindo coisas fofas e agradáveis como coelhos e sorvetes. O primeiro grupo foi mais moderado nas avaliações, enquanto o segundo avaliou mais positivamente.

Já as imagens do cérebro mostravam que os participantes que perderam a noite de sono tinham grande atividade numa região chamada mesolímbica, um circuito cerebral impulsionado pela dopamina – neurotransmissor que regula motivação, otimismo, impulso sexual, vícios, desejos e tomada de decisão. Isso afeta o discernimento, pois a pessoa pode tomar uma atitude impulsiva por se sentir otimista. Além disso, a privação do sono “desliga” a ligação do mesolímbico com o córtex pré-frontal, responsável pelas decisões, e ativa funções neurais primárias, como o reflexo de bater-ou-correr, numa região cerebral chamada amígdala. 

Um estudo semelhante, na Universidade de Duke, analisou o comportamento de jogadores insones em cassinos. De acordo com os pesquisadores, aqueles que se privaram do sono tenderam a fazer escolhas de olho nos lucros, em vez de optar por jogadas que permitiriam reduzir as perdas. Além disso, um dos autores da pesquisa, o estudante de psicologia Vinod Venkatraman, afirma que a cafeína, o ar fresco e o exercício não são suficientes para combater os efeitos da falta de descanso.


Essas pesquisas explicam muita coisa que já vi por aí, acredito. Desde a euforia de quem faz a Lady Gaga na balada (com a ajuda do álcool, provavelmente) até a ressaca moral (e muito provavelmente alcoólica também) pela falta de critério no fim da noite. Mas comemore, sai lucro quem não freqüenta cassino. No fim das contas, perder uma noite de sono pode até ser divertido... mas, como aconselha minha mãe, nada se compara a uma boa soneca. * Bons sonhos! *

Um beijo pra quem acorda disposta, linda e maquiada.



terça-feira, 29 de março de 2011

O amor é (de fato) uma dor

Sofrer por amor não é nenhuma frescura. A tal dor de se sentir rejeitado pela pessoa amada é tão real quanto bater o dedo mindinho do pé na parede. Ou cair de bicicleta. Ou uma picada de injeção... enfim, é o que diz uma nova pesquisa da Universidade de Michigan, ao constatar em um estudo que experiências de rejeição social e experiências sensoriais dolorosas ativam as mesmas áreas no cérebro.

Por mais que pareçam diferentes tipos de dor, a experiência constatou que tanto um pé na bunda quanto um machucado físico ativam regiões do cérebro chamadas córtex somatossensorial e a ínsula dorsal posterior. O estudo foi feito com 40 voluntários que disseram que se sentiam rejeitados após o término inesperado de um relacionamento amoroso ocorrido nos últimos seis meses.


A experiência propunha para cada participante duas tarefas, enquanto tinham seus cérebros examinados por ressonância magnética funcional. A primeira, relacionada à sensação de rejeição; a outra, com respostas à dor física. A constatação dos pesquisadores, coordenados pelo psicólogo Ethan Kross, foi que as sensações de rejeição social ativam as mesmas regiões cerebrais envolvidas com a dor física – e que raramente são ativadas em estudos de neuroimagens de emoções. 

Agora, vamos combinar. Em terras tupiniquins, sabíamos disso faz tempo...


Fonte: Agência FAPESP. Em breve o artigo Social rejection shares somatosensory representations with physical pain poderá ser lido na íntegra por assinantes da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.